sexta-feira, 25 de junho de 2010

My dearest Soma

"And if anything should go wrong, there's soma. Which you go and chuck out of the window in the name of liberty, Mr. Savage. Liberty!" (HUXLEY, BRAVE NEW WORLD, Ch. 16).




Pois é senhores... este blog já está cheirando a pó, não é mesmo..?
E claro que, em um período de stress, no qual eu deveria estar concentradíssima em meus afazeres e dando meu máximo para estudar para o mestrado, eu estou aonde? Isso mesmo!! Blogando!! Até parece que eu tinha coisa melhor para fazer não é mesmo? rsrs.

Acho que sempre fui assim, deixando tudo para a ultima semana, e enlouquecendo quando tudo poderia ser feito com a maior tranquilidade possível. E com níveis de ansiedade no alto, claro. Procastinação, como um colega bastante querido diria.

Mas acredito, e realmente não quero com isso dizer que não tenho culpa alguma, que a internet é um dos mais deliciosos alimentadores desta minha procastinação. Este veículo de comunicação que me permite neste momento escrever minhas baboseiras e, pasmem, ter algum leitor com ânimo para ler; é também o veículo que me permite:
  • Fazer pesquisas para as coisas mais fúteis possíveis (como "netbook 1101ha", meu futuro objeto de consumo) até coisas que me interessem para trabalhar, por exemplo, aprendendo assim um novo verbo - I will google it!;
  • Acessar os jogos da copa do mundo e assisti-los em tempo real (e mesmo que eu não seja a maior fã de jogo, a copa do mundo pede a exceção);
  • Criar um novo delicioso vício - facebook, onde posto todas as baboseiras possíveis com poucos caracteres, desde convites ao pessoal para sairmos juntos, até irritações passíveis de se tornar públicas (como não conseguir abrir o maldito arquivo de meu trabalho);
  • Acesso  aos joguinhos mais "bobos" possíveis que, até um mês atrás, juro, quase dominaram meu dia a dia. Farmville é um ótimo exemplo ddisso. Jogo que se tornou febre no facebook - e, por minha culpa, na minha família, tomava quase uma hora do meu dia com suas colheitas e ajudas a vizinhos.
A coisa está chegando a tal ponto que pareço ser duas pessoas. Uma que usa a internet para procastinar e outra que fica em meu ombro, com um ar de desaprovação, por saber as consequências até mesmo deste post. É como se, aos poucos, eu me tornasse mais e mais consciente que este veículo, que por muito foi a fuga da realidade, o meu "soma", ao me deixar fugir, me deslocasse da realidade e não me permitisse viver plenamente o que planejo ou quero ter.

Pois é, talvez o Sr. Selvagem de Huxley, não esteja de todo errado ao jogar o "soma" de sua narrativa fora em nome da liberdade. Talvez, no final das contas, também eu deva -talvez não jogar - mas aprender a lidar melhor com o meu "soma". Parar de fugir da realidade para também manter-me firme de acordo com as minhas decisões.

De volta a leitura.
Nada Mais.

sábado, 4 de julho de 2009

Argumentação Ingênua

Blog Rafinha Bastos:

"Sarney é uma figura que personifica muito bem o triste momento que vive o Poder Legislativo brasileiro. É o político que se mantém a mais tempo no poder da história do Brasil (54 anos). Teve infinitas chances de fazer algo, mas infelizmente decidiu APOIAR os mais diversos absurdos com um único intuito: Manter cheia a sua tetinha no poder público.#forasarney... já!"

Também tenho minhas questões a esse respeito. E não, não considero a argumentação do "Fora Sarney" despropositada, ou ingênua. Acredito que a minha sim seja ingênua e quase 'ptista', mesmo que não seja o caso. Segue minha leitura do caso abaixo:

Passei pelo menos um ano de minha vida ouvindo nas aulas de política da Faculdade duas coisas: "Nossas instituições, sistema eleitoral, e divisão de poderes fazem com que nosso presidente seja refém do legislativo e impeçam e tudo o mais que se refere a democracia de funcionar" versus "Nossas instituições não estão falidas, pelo contrário, elas permitem a governabilidade, através de medidas provisórias e da centralização do poder"

Pois muito que bem, nesse meio tempo surge mensalão, probabilidades misticas (todos nossos deputados usaram de maneira cravada os 90 mil reais previstos por lei como subsídio para suas ações (como viagens, por exemplo) ligadas ao cargo no legislativo), e atos secretos no congresso.

À primeira vista, tudo isso parece indicar para a primeira fórmula, correto? De que realmente não temos governabilidade e mais, que no Brasil tudo é feito por corrupção e próprio interesse. Pois muito que bem, a minha questão é, fora o mensalão, como raios ficamos sabendo de todo esso? Ora com uma coisa chamada "transparência pública". Ora, parece-me que estamos em uma situação bastante delicada - pela primeira vez, mesmo que de maneira por vezes insatisfatória, consigo enxergar realmente os insultos feitos em relação a democracia de meu país e, de maneira absurda, devo louvar aos céus porque isso está acontecendo.

Me pergunto realmente se nossas instituições democráticas estão "falidas". Será que essa não é a oportunidade não é exatamente o contrário? Não trata de, agora, caso essas instituições realmente estejam em crise, traze-las à tona? Não se trata de, junto ao esforço da transparência pública, nos comprometermos em participar, deixar de lado o caratér blasé de nossa sociedade civil??

Para mim não parece ser um problema de instituição, mas sim das pessoas a integrar o poder e o como ele vem sendo manejado. Me emputeço há muito com o que acontece do lado de lá da força, com o que tem sido feito com meu dinheiro, e com o como as coisas deixam de funcionar. Concordo com "Rafinha Bastos" que o que estamos presenciando é um exemplo do como tem funcionado o Legislativo e que Sarney funciona sim como um símbolo disso tudo. Porque então não apoio o #forasarney?

Porque meu problema não é com Sarney, mas com a falta de mudanças por episódio. Creio que temos sim governabilidade, mesmo que a tranco e barrancos, com deputados, senadores, e membros do executivo muito mais interessados no salário de seus ascensoristas (12 mil reais gente, eu tb quero ser ascensorista quando crescer), em gastar até o último centavo o dinheiro separado a esses como subsídio à sua ação política para interesse próprio, do que com a representividade e com a razão de sua eleição.

Creio ainda mais que símbolos no Brasil servem muito mais para fazer esquecer do que lembrar. Creio, como Abramo, que um Fica Sarney é mais frutífero. A saída de Sarney faria dele sim Símbolo disso tudo, mas quem me garante que não ficará por isso mesmo. Atingida uma conquista, todo o processo sobre os atos secretos do congresso e os absurdos que temos lido no jornal ficam parado, e o que podia ser grande fique por isso mesmo. O Sarney é uma pedra no sapato perto de todo o arrombo que essa história está trazendo. Devemos pedir pela ação do MPF, por respostas a tudo o que estamos presenciando, por Accountability efetiva, ou seja, por saber o que está acontecendo e, tendo algum tipo de sanção a esses infelizes que quebram as regras e sujam nossa democracia. Vale sim nosso não-voto para eles. Vale. Mas é preciso mais, é preciso pressão para que o MPF faça seu trabalho e busque estirpar a todos os vírus existentes em nosso legislativo, não só um que, mesmo merecendo, em nada mudará o status quo.

E que mais um um episódio Roberto Jefferson não se repita nesse país...

Bacharel

Não. Não acordei mais inteligente, ou mais adulta.
Não. Não passo agora a finalmente viver.
Não. Não acordei diferente de ontem, ou mesmo da semana que passou.
Sensação? Missão cumprida.
Sensação? Ligeiro saudosismo.
Sensação? É verdade mesmo?
Sim. Mais uma etapa cumprida.
Sim. Toda uma outra página para escrever pela frente.
É, não é que agora posso me chamar de socióloga mesmo?!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

O monstro se foi?

Quase um mês sem postar por duas razões:

1- Tempo mais corrido com dois trabalhos
2- O tenente que senta atras de mim voltou de férias e é o responsável pelos PC's da CAP...rsrs

Enfim, agora quanto título.

Monstro: Desemprego e/ou Mercado de Trabalho.

Razão: Matérias a seguir.

Comentários: Quando eu chegar em casa.

Matéria:

***Trabalho, enfim, uma década depois***
2007 interrompe ciclo de crise do emprego, mas salário médio é menor e jovens e não-brancos ainda vão mal

DE 1987 ATÉ 2004, as condições de trabalho na região metropolitana de São Paulo deterioraram-se de maneira contínua.
Depois de quatro anos, em 2007, a oportunidade de encontrar emprego volta a níveis de 1998. O trabalho precário, o bico, porém, regrediu mais, assim como caiu o número de pessoas que simplesmente haviam desistido de procurar emprego.
Mas as condições socioeconômicas, se medidas por uma combinação de taxas de inflação e de desemprego, são as melhores em nove anos. A formalização do trabalho tem aumentado com força. Há mais colchões sociais para desempregados "formais", inempregáveis e idosos. A julgar pelo último quadriênio, inverteu-se a tendência de degradação de quase 20 anos, em um ambiente econômico mais estável.
É o que se depreende de dados do Dieese e do Seade (o "IBGE" paulista), que mantêm séries mais longas e comparáveis de dados sobre trabalho. O desemprego também é o menor desde o início dessa pesquisa (1998) em seis regiões metropolitanas do país (São Paulo, Distrito Federal, Porto Alegre, Recife, Salvador e BH): 15,5% no total (soma de desemprego aberto, 10,5%, e oculto, 5%). A taxa ainda é alta, decerto, mas melhora faz oito meses, mesmo com o aumento da população economicamente ativa. O movimento maior vem dos empregos na construção civil, que depende do boom de crédito e da inadimplência ainda baixa. Mas ainda faltam raízes mais fundas para sustentar o ciclo de melhorias.
Em São Paulo, o desemprego aberto é o menor desde 1997 (aberto: o de quem procurou emprego nos últimos 30 dias e não trabalhou na última semana), cerca de 10%. O desemprego ocultado pelos bicos, o trabalho precário, é o menor desde 1995. Não se via desemprego oculto pelo desalento tão baixo desde 1997.
Enfim, o mercado de trabalho parece mais sensível a variações no crescimento da economia. Há alguns dados aparentemente ruins. O desemprego entre pessoas de 18 a 24 anos é quatro vezes maior que o dos maiores de 40 anos; cresce desde 1998, quando era 2,8 vezes maior. Pode ser que parte desses jovens tenha ficado na escola. Mas a deterioração não é bom sinal.
Péssimo mesmo é que, na média de 2007, o desemprego entre não-brancos foi 22% maior que entre os brancos. A situação tem melhorado desde 2002, mas tal diferença, na média, ficou em 26% desde 1985. A discriminação real é uma craca.
O trabalho em São Paulo degradava-se desde o Real -a metrópole foi muito atingida pela abertura comercial, que levou empresas a enxugamentos radicais em busca de eficiência ou mesmo a se transferirem para o interior paulista e outros Estados (e, ainda, depois de três anos de alta, o emprego industrial volta a estagnar). A renda real ainda é inferior à de uma década atrás, no que a cidade, na média, se compara mais ou menos ao resto do país. Há mais gente empregada ganhando menos.
Houve uma socialização medíocre da renda do trabalho (ao que parece, só a do trabalho) -as classes médias perderam mais renda nesta década. Mas é evidente que, em 2007, confirmou-se um ciclo de melhora das condições de trabalho, com inflação mais baixa e menos volatilidade na economia. É algum progresso.

Link:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi1402200810.htm

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Motoqueiros.

Ok ok, estão impedindo o direito de ir e vir deles. Entendo. É estranho vc impedir alguem de dirigir por determinadas vias expressas. Mais senhores, o que o ouvido de uma pobre estagiária tem haver com isso?

Trabalho próxima a prefeitura, assim, tive de ouvir toda a algazarra hoje de manhã. A parte interessante da coisa é que eles, ao meu ver, inovaram. Agora manifestação deve ter trilha sonora e, no caso destes motoqueiros, dos racionais.

Mais em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u364854.shtml

Nada mais.

Com muito amor e carinho para dar.

Aluga-se filhos de ascendência russa na Alemanha, com muito amor e carinho para dar. Os russos custam 1,000 euros por dia, e aí? quanto será que custa um brasileiro nestes padrões?

Ai Ai Ai... viu?


Nada mais.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

malvados.com.br

Uma tirinha dos malvados para descontrair....

Nada mais.