"And if anything should go wrong, there's soma. Which you go and chuck out of the window in the name of liberty, Mr. Savage. Liberty!" (HUXLEY, BRAVE NEW WORLD, Ch. 16).
Pois é senhores... este blog já está cheirando a pó, não é mesmo..?
E claro que, em um período de stress, no qual eu deveria estar concentradíssima em meus afazeres e dando meu máximo para estudar para o mestrado, eu estou aonde? Isso mesmo!! Blogando!! Até parece que eu tinha coisa melhor para fazer não é mesmo? rsrs.
Acho que sempre fui assim, deixando tudo para a ultima semana, e enlouquecendo quando tudo poderia ser feito com a maior tranquilidade possível. E com níveis de ansiedade no alto, claro. Procastinação, como um colega bastante querido diria.
Mas acredito, e realmente não quero com isso dizer que não tenho culpa alguma, que a internet é um dos mais deliciosos alimentadores desta minha procastinação. Este veículo de comunicação que me permite neste momento escrever minhas baboseiras e, pasmem, ter algum leitor com ânimo para ler; é também o veículo que me permite:
- Fazer pesquisas para as coisas mais fúteis possíveis (como "netbook 1101ha", meu futuro objeto de consumo) até coisas que me interessem para trabalhar, por exemplo, aprendendo assim um novo verbo - I will google it!;
- Acessar os jogos da copa do mundo e assisti-los em tempo real (e mesmo que eu não seja a maior fã de jogo, a copa do mundo pede a exceção);
- Criar um novo delicioso vício - facebook, onde posto todas as baboseiras possíveis com poucos caracteres, desde convites ao pessoal para sairmos juntos, até irritações passíveis de se tornar públicas (como não conseguir abrir o maldito arquivo de meu trabalho);
- Acesso aos joguinhos mais "bobos" possíveis que, até um mês atrás, juro, quase dominaram meu dia a dia. Farmville é um ótimo exemplo ddisso. Jogo que se tornou febre no facebook - e, por minha culpa, na minha família, tomava quase uma hora do meu dia com suas colheitas e ajudas a vizinhos.
Pois é, talvez o Sr. Selvagem de Huxley, não esteja de todo errado ao jogar o "soma" de sua narrativa fora em nome da liberdade. Talvez, no final das contas, também eu deva -talvez não jogar - mas aprender a lidar melhor com o meu "soma". Parar de fugir da realidade para também manter-me firme de acordo com as minhas decisões.
De volta a leitura.
Nada Mais.